terça-feira, 6 de maio de 2008

Sobre sopro de Gaia

SOBRE O SOPRO DE GAIA:

Recebi, ontem e: rapaz, que trabalho de pesquisa ENORME e bacana!!Eu poderia falar dos arranjos vocais que criam texturas/teias sônicas, com as quais o Gaiamálgama tece as atmosferas e os climas dramáticos, celestes e místicos (expressos em músicas como "Emmiléia" ou "As maçadeiras").Eu poderia falar da "muralha percussiva" de músicas como "O dono". Ou do uso e pesquisa de timbres e instrumentos "não convencionais".
Eu poderia falar do uso da dança e da interpretação que arrematam/arrebatam determinados momentos do espetáculo (como em "Kalika", "Nação Islâmica" ou "Koi Txangaré").Eu poderia falar da criatividade e funcionalidade do cenário (a lagoa em "Seythy Oyá") e do figurino.Porém, em meu "olhar de amador" (isto é: daquele que ama, a arte em suas mais diversas formas), o mais emocionante na viagem musical/cultural/mística ao redor do planeta proposta no espetáculo do Gaiamálgama, é que não é uma viagem "exploratória" ou apenas um fetiche pelo "exótico" ou pelo "diferente".
O que percebo no Gaiamálgama é o olhar da "MÃE" (Gaia) que abraça, acolhe, alimenta e promove a vida de tudo e todos! É um olhar repleto de curiosidade, atento, cuidadoso, respeitoso, com uma imensa "vontade de inclusão", delicadeza e amor para com o "diferente".Pois, sob o olhar de Gaia, não há "outro" ou o "exótico". Existe é o HUMANO! Em suas múltiplas expressões, tons, sílabas e sons!O homem e sua odisséia pelo planeta. Na sua rota pelo sagrado, pelas paixões, pelo profano.Acho então, que o termo mais aproximado para a proposta do Gaiamálgama é GAIA MUSIC! Música da terra, sem fronteiras, barreiras ou oposições. Única e diversa.Sim, eu gostei, muito!!Obrigado amigo Diorges, por compartilhar comigo essa viagem!

Luciano Grassini
Produtor
Projeto Maria Louca - Rio de Janeiro

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