domingo, 24 de maio de 2009

Uma história...

O ENCONTRO

A beira de um riacho, no mato orvalhado de uma noite fria ouviu-se o encontro de vozes rudimentares pela primeira vez. As vozes se cruzavam em um desarranjado concerto, que logo despertaria o conhecer de nós mesmos como vozes e espíritos. Desde então, iniciou-se um sonho, já antes semeado, dentro de nossos sentidos mais profundos. E o encontro disso tudo se fez conduzir à estrada de um longo caminho.

A SEMENTE

Cada pessoa por sua formação cultural e religiosa traziam traços particulares que, ao mesclados criariam um mundo cheio de novidades, de um para outro. Esse mundo foi dando forma a uma necessidade em comum: unir as diferenças, compartilhando o pouco de cada um. Era como se o Criador tivesse preparado a terra, colocado uma semente nela e chegado à hora, ela germinaria. Seria já o momento?

A PESQUISA

Naquela brincadeira (e sem dar a menor importância do que viria a se tornar, aquele momento), o que se pensava era conhecer de perto as sonoridades vocais de cada um experimentá-las naquele pequeno grupo mas, sem a menor idéia acadêmica. As primeiras pesquisas foram nos livros de literatura e história das civilizações e em grupos musicas de coletâneas World Music e New Age, dos nomes dos grupos, dessas coletâneas, a Internet veio como instrumento assíduo de pesquisas, e como já previsto, um grupo chama outro, e assim ficamos deslumbrados com a rica e larga explanada de artistas ao redor do mundo, que desenvolviam suas músicas das mais variadas formas, utilizando os mais diferentes instrumentos, dando um charme único para cada canção... Mas por que tão distantes, se nossa vontade ter de que tudo estivesse ao nosso alcance. Então resolvemos iniciar pesquisas com o nosso folclore regional e estadual, participando desses movimentos culturais, festivais e oficinas, percebendo assim a pluralidade ritmica e única presente nessa música.

A MARCA

Da deusa Mãe primordial, geradora de todos os deuses, a deusa-terra, livre de nascimento ou destruição, de tempo e espaço, de forma ou condição. Surgiu do vazio eterno, dançando e girando sobre si como se fosse uma esfera em rotação, veio a primeira parte do nome: GAIA... A segunda, vem de AMÁLGAMA, elemento físico que significa, no sentido figurado, mistura de vários elementos, fusão."O trabalho que se funde a partir da união das várias culturas do mundo, através do folclore e tradicionalismo das canções e com a espiritualidade presente no íntimo dos corações humanos".

HISTÓRICO

O grupo veio apresenta-se pela primeira vez, ao público, em maio de 2005, data na qual tornou-se o marco inicial de seu trabalho, uma vez que a pesquisa já vinha sendo realizada há mais de nove anos. Assim, o grupo ganha a simpatia de um público, ainda desconhecido, com muitos amigos, evidentemente, que passam a acompanhar as várias outras apresentações, que daquele momento surgia.
O grupo, depois de algumas reformulações, é atualmente formado por Diorges Albuquerque (Direção geral, cenários, voz, percussão, efeitos e danças), Daniel (percussão), Éverton Kelly (Direção cênica, voz, percussão e iluminação), Elnatã Souto (voz, efeitos e danças), Michelle Noronha (voz, percussão, cordas e efeitos), Rodrigo Sobral (teclados e efeitos), Yalle Feitosa (danças, percussão e efeitos), Francis Ferreira (Maestro e violão), Rodrigo Sobral (teclados e efitos), Valdemir Rodrigues (violino), Erlan Souza (piano e teclado), Douglas Calado (Clarinete), Dorginho (contra-baixo), Daniel Victor (percussão), entre outros.

O Grupo apresentou-se em diversos lugares, entre eles destacam-se: no XV FIG, no projeto ‘Arte no Casarão’; No relançamento do Site Garanhuns On-line; No encontro Brasil-Estados Unidos promovido pelas senhoras do Lions Club; no lançamento do Jornal Sináculo; nos aniversários do cardiologista Dr. Pedro Henrique e da colunista social Josália Pimentel.’

Gaiamálgama também realizou o grande espetáculo, “Sopro de Gaia”, no dia 25 de março de 2006, no teatro Luiz Souto Dourado, no Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcante com parceria de Prefeitura de Garanhuns.
Sopro de Gaia

O ESPETÁCULO “SOPRO DE GAIA” - Uma Viagem Mística e Cultural pelo Mundo

Presente na mitologia Grega, “Gaia”, deusa Mãe primordial, geradora de todos os deuses, a deusa-terra, livre de nascimento ou destruição, de tempo e espaço, de forma ou condição. Surgiu do vazio eterno, dançando e girando sobre si como se fosse uma esfera em rotação.
O espetáculo inicia-se com essa criação e passa a transportar, nas canções, a idéia de construção da terra e, criação dos povos e suas culturas.
Damos uma volta no mundo parando e colhendo dos lugares o que tem de melhor. E como ponto de partida, saímos das margens do rio Nilo, presente na segunda canção do programa. Na África, falamos da criação humana e no Haiti uma oração de agradecimento cantada em idioma desconhecido. E vamos para Pérsia falar sobre o amor
Vamos aos indígenas Suruís e embarcamos depois para Portugal com canções tradicionais e logo, à Espanha com uma canção Judeu-sefardita.
No segundo momento, viajamos a China com uma composição ‘zen, em seguida, trazemos os ciganos húngaros, depois vamos à França com uma canção natalina, e logo, à Grécia com um tango envolvente e apaixonante.
Passando pelos islâmicos, trazemos um canto sagrado.
Vamos para o Egito trazendo um mantra de cura da áurea. E em um momento de reflexão e oração, paramos na Índia, transportando o expectador a uma atmosfera mais “instropecta.”.
Unindo os idiomas latinos, em Edrâmico, trazemos uma canção nossa que reverencia os astros em sua total plenitude e sua importância nas navegações, agronomia e previsões para os povos Maias, Astecas, Incas e, em especial, os Aimarás.
Por fim, vamos para o Brasil tradicional e apresentamos canções folclóricas ligadas ao dia de Reis; ao tradicional Bumba-Meu-Boi; falamos de nossa viagem, agradecendo a tudo que nos protegeu; aos presentes indígenas e terminamos a viagem com uma canção nossa que fala a respeito de se ter o Mundo através do conhecimento e sabedoria.
A musicalidade, de reviver o tradicional e o clássico, embriaga-nos a mágica imagem de poder está presente, em vários séculos de arte e em vários lugares do mundo, sem nunca mesmo, precisar “pegar o avião” em busca disso

Depois deste, vieram as apresentações: nas comemorações dos 35 anos do Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcante, o I FLIG -Festival de Literatura de Garanhuns, e na programação do SESC- Garanhuns, no 16º Festival de Inverno de Garanhuns. E ainda, no Pré-Reveillon dos artistas de Garanhuns junto ao Sesc Centro de Turismo, no II FLIG - Festival de Literatura de Garanhuns - que homenageou Ariano Suassuna, no 17º Festival de Inverno de Garanhuns – Palco Pop e na Tenda Cultural do Sesc no mesmo ano. No Café com Poesia juntamente da professora universitária e poetisa Graça Graúna em uma homenagem aos indígenas e uma participação especial na solenidade de posse do Secretário de Cultura Givaldo Calado de Freitas, na programação oficial do VXIII Festival de Inverno de Garanhuns no Palco POP, e na Tenda Cultural do Sesc Garanhuns, nas festividades do XVIII Festival de Inverno de Garanhuns.

OS CAMINHOS E A VOLTA

O mundo faz com que as pessoas precisem dele para se manter e para que elas possam se realizar em alguns aspectos. Assim, o grupo se distancia da inocente fonte de interação e passam a seguir caminhos diversos. Os encontros passam a se dissipar e o sonho é engavetado por duas vezes. Todos os grupos que se formam na área artísticas sofrem pelas transformações causadas pela opinião e concepções diversas, bem como, também, pela falta de instrumentistas ou pessoas que se interagissem com o trabalho. O grupo volta com uma nova formação e com novas adaptações da proposta antes pensada. Amadurecimento seria a palavra correta a empregar no momento. Nova pesquisa e roupagem cênica... Começou-se buscar nas raízes dos povos, a identidade do espírito e canções espiritualizadas de valores e auto-crescimento.
Seria a hora própria de relançar o grupo com um novo espetáculo.

Uma prévia para o novo espetáculo
‘INDIARABAH’ - A Fascinante Odisséia Pelos Povos Nômades

Do Cairo aos Árabes, do Nilo à vida...
A nova Odisséia do Gaiamálgama se firma na história conquistadora e audaz dos povos nômades do mundo, nos enredos apaixonantes dos ciganos, dos Tuaregues do deserto, dos percussores Indianos e dos ilustres Árabes. Essas miscigenações folclóricas e culturais que foi trazida pelos viajantes do mundo, puderam enriquecer o mundo com tamanha beleza presentes nas suas línguas, músicas e danças, nos instrumentos musicais (re) inventados e na pluralidade étnica que se criava com as suas peregrinações.

Por volta do ano 1000, por motivos ainda ignorados, iniciou uma migração de indianos em direção ao Ocidente. Nada se sabe sobre estes primeiros migrantes, mas depois de passarem pela Pérsia e pela Turquia, no Século XIII, sua presença já é registrada na Grécia e em outros paises balcânicos. A partir do início do Século XV migram para a Europa Ocidental, onde geralmente dizem ser originários do “Pequeno Egito”, então uma região da Grécia, mas pelos europeus confundida com o Egito, na África.

Essas fusões culturais se mostram com a recriação de peças (músicas) mundiais folclóricas e religiosas. Com uma porção incrível de dialetos e arranjos vocais surpreendentes. A volta no mundo, passeando pela história e costumes dos povos nômades que circulavam e deixavam sua marca por todos os continentes, colhendo, unificando as diversas informações culturais trazidas na bagagem.
Uma união de poesia Judeu-sefardita a vozes de monges beneditinos. Instrumentações orientais e sua cultura milenar. Os festejos dos ciganos húngaros e espanhóis e já, miscigenados aos povos mulçumanos e islâmicos e sua multiplicidade cultural.
Introduzimos uma mostra das influências indígenas, portuguesas e espanholas ao afro-brasileiro e aos nômades do Brasil, uma atenção especial, os índios.
Essa inspiradora viagem nos eleva a criar melodias e músicas próprias, identificando melhor nossa proposta, como um filtro, reciclando todas as culturas num trabalho ímpar e singular.

O novo espetáculo - AMBRUSCAMARA - O embriago as essências em uma só fonte: a nossa música!

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